quarta-feira, 13 de abril de 2022

Divulgados os espetáculos selecionados para o 7º Festival Brasileiro de Teatro Toni Cunha






 

A Fundação Cultural de Itajaí divulga, nesta quarta-feira (13), a lista dos 18 espetáculos selecionados para o 7º Festival Brasileiro de Teatro Toni Cunha, que ocorrerá de 21 a 31 de julho em Itajaí. Pela primeira vez a curadoria do evento foi construída por um grupo de artistas da cidade, sob a consultoria de um profissional convidado, o bahiano especialista na área, Felipe de Assis, ator, diretor, dramaturgo e organizador do FIAC Bahia, um dos mais importantes festivais de teatro do país.

A curadoria local foi realizada por Felipe de Assis. Já a curadoria nacional envolveu artistas locais, de diferentes gerações, com trajetórias diversas, que participaram a partir de discussões de um grupo de trabalho que nasceu na Câmara Setorial de Teatro e Circo, vinculada ao Conselho Municipal de Políticas Culturais de Itajaí. São eles: Denise da Luz, Jônata Gonçalves e Mauro Filho.

Segundo o trio de artistas de Itajaí, integrar a curadoria nacional proporcionou um espaço de formação para o pensamento da produção local, abriu a possibilidade de um diálogo mais direto entre a cidade na relação com os trabalhos propostos, uma vez que os artistas/curadores locais, conhecem a realidade e o desenvolvimento teatral da cidade.

Este momento é muito importante na história do teatro da nossa cidade, pela primeira vez temos artistas de Itajaí na curadoria”, opina Mauro Filho. Em consonância, Jônata Gonçalves fala sobre o trabalho de articular as propostas e atuar como mediador na construção da programação: “Foi um exercício extremamente único e rico, de muita atenção, cuidado e respeito. A programação, na minha opinião, ficou muito potente”. Denise da Luz complementa que esta força e a participação deles na curadoria é fruto de um processo de maturidade do próprio evento: “Hoje vemos o festival como um organismo vivo e a curadoria nos motiva a olhar para o nosso próprio trabalho de uma forma diferente, tudo isso foi mobilizador”, destaca.

A curadoria desta edição do festival contemplou espetáculos de todas as regiões brasileiras, no sentido de ampliar o intercâmbio entre coletivos de diversas partes do país e estabelecer diálogos entre as “regionalidades” contidas nas diversas obras. Além disso, o corpo técnico atuou de forma a construir uma programação que gere a descentralização das atividades artísticas durante o evento, que leve em conta a representatividade étnica e de gênero, entre outras, e paute os limites de linguagem entre o que pode ser considerado teatro. Os curadores também procuraram focar em temas da atualidade, que possam provocar diálogos diversos na relação com o público e contribuir para elaboração de pensamento crítico.


Confira a lista dos espetáculos selecionados:

Espetáculos Nacionais:

  • Biblioteca de Dança – Dimenti Produções Culturais (Salvador/ BA)

  • Cabelos Arrepiados – Buia Teatro Company (Manaus/ AM)

  • Corpos Turvos – Coletivo CIDA – Coletivo Independente Dependente de Artistas (Natal/ RN)

  • Depois do Silêncio – Os Buriti (Brasília/ DF)

  • Estudo Nº1: Morte e Vida – Grupo Magiluth (Recife/ PE)

  • Habite-me – Cia 4 produções – Espaço de Residêmcia Artística Vale Arvoredo (Morro Reuter/ RS)

  • O que você realmente está fazendo é esperar o acidente acontecer – Cia de Teatro Acidental (São Paulo/ SP)

  • Tragédia – Grupo Quatroloscinco – Teatro do Comum (Belo Horizonte/ MG)


Espetáculos Estaduais:

  • Homens Pink – La Vaca Companhia de Artes Cênicas (Florianópolis/ SC)

  • Para Contar Estrelas – Grupo Cirandela (Criciúma/ SC)


Espetáculos de Itajaí:

  • Amar é Crime – Jônata Gonçalves

  • Casa – Grupo Teatral Porto Cênico

  • Contestados – Cia Mútua

  • Cor de quê – MASS Produção

  • Papelê: Uma aventura de papel – Téspis Cia. De Teatro

  • Proibido Acesso – Karma Coletivo de Artes Cênicas

  • Rinha – Grupo Risco de Teatro

  • Vem ver nosso boi brincar: uma homenagem ao cantador Arnoldo Cueca – Cia Experimentus Teatrais

terça-feira, 5 de abril de 2022

Comissão do 7º Festival Brasileiro de Teatro Toni Cunha participa de formação e atua na curadoria dos trabalhos


A Comissão Técnica Organizadora do 7º Festival Brasileiro de Teatro Toni Cunha, evento que ocorrerá de 21 a 31 de julho em Itajaí, esteve reunida, nos últimos dias, de forma on-line e presencial para pensar a curadoria do evento. Entre os dias 15 e 18 de março, o grupo participou de uma oficina remota de curadoria, ministrada pelo ator, diretor, dramaturgo e curador convidado, Felipe de Assis. Felipe é baiano e organizador do FIAC Bahia, um dos mais importantes Festivais de Teatro do país. Já nos últimos dias de março, de 28 a 30, a Comissão fez a curadoria geral do festival, com encontros presenciais na Fundação Cultural de Itajaí.



Felipe de Assis conduziu uma formação e consultoria aos membros da Comissão, para apresentar ferramentas, conceitos e preparar o grupo para a curadoria e organização do evento. Findada a oficina, Assis veio a Itajaí para supervisionar a curadoria nacional e realizar a seleção dos espetáculos locais que irão compor a programação do festival. Para Assis, o trabalho de curadoria nas artes cênicas vai além da seleção de espetáculos e montagem da programação do festival. Ele acredita que se trata de uma integração, uma incorporação e construção horizontal, com a mediação e articulação das atividades tendo como alicerces norteadores as obras artísticas, os artistas e o público.

A curadoria nacional é realizada por artistas locais, de diferentes gerações, com trajetórias diversas, que participam a partir de discussões de um grupo de trabalho que nasceu na Câmara Setorial de Teatro e Circo, vinculada ao Conselho Municipal de Políticas Culturais de Itajaí. São eles: Denise da Luz, Jônata Gonçalves e Mauro Filho. Já a curadoria local é de responsabilidade de Felipe de Assis. “Este tipo de movimento que Itajaí está fazendo de apoiar essa cadeia produtiva, envolver os artistas locais em todo esse processo, conecta a cidade com o mundo todo É uma atitude de vanguarda, tanto do ponto de vista econômico, educacional, quanto artístico”, pontua o curador convidado. 



Conheça a Comissão Técnica e a Curadoria do 7º Festival Brasileiro de Teatro Toni Cunha:

Denise da Luz (Curadoria Nacional e Coordenação Geral)
Formada em Letras pela Univali, é atriz desde 1988, além de figurinista, professora de teatro e produtora cultural. É uma das fundadoras da Téspis Cia de Teatro, companhia existente há 28 anos na cidade de Itajaí. Já participou de mais de 20 montagens, com as quais conquistou diversos prêmios, além de ter trajetória na área do audiovisual, como atriz, figurinista e preparadora de elenco. Foi coordenadora da Mostra Internacional de Teatro de Grupo (2000 a 2004), diretora do Teatro Municipal de Itajaí (2009 a 2011), coordenadora do Festival Brasileiro de Teatro Toni Cunha (edições de 2011 e 2019 e da atual edição). É gestora da Itajaí Criativa - residência artística e mantém-se em cartaz com o espetáculo para crianças “PaPeLê – uma aventura de papel", com dramaturgia de Max Reinert a partir de processo colaborativo”. 

Felipe de Assis (Ministrante de oficina e Consultor de curadoria / Curador de Mostra Local)
É artista da cena, pesquisador e curador. Mestre em Artes Cênicas pelo PPGAC – UFBA (2015), colabora com curadorias independentes: Comissão FUNCULTURA, Pernambuco (2020), Elisabete Anderle, Santa Catarina (2020), Programa Rumos Itaú Cultural (2017- 2018), Edital Oi Futuro (2017 e 2018), MITbr curadoria vinculada à Mostra Internacional de São Paulo (2018 e 2019), MEXE (Portugal, 2019), FNT Guaramiranga (2017 e 2018). É co-criador do Festival Internacional de Artes Cênicas da Bahia (FIAC Bahia), no qual atua como coordenador geral e curador desde 2008. Membro do Núcleo dos Festivais Internacionais de Artes Cênicas do Brasil desde 2009, da Rede de Festivais de Teatro do Brasil desde 2015 e do "Colectivo Utópico", plataforma com artistas da Argentina, Suíça e Brasil. Através da 7Oito Projetos & Produções realiza festivais (Ponto Fiac e Fiac Bahia desde 2013); coordena projetos de “Mediação Cultural” (Braskem 2014 e SESC 2018 e 2019); dirige, produz e distribui espetáculos de teatro e dança (Feitocal 2015 e Looping: Bahia Overdub 2015 – 2020); realiza consultoria para Festivais e ministra cursos de curadoria em artes cênicas. 

Jônata Gonçalves (Curadoria Nacional e Comissão Organizadora do Festival)
Jornalista graduado pela Univali, mestre e doutorando em teatro pelo Programa de PósGraduação em Teatro da Udesc. Profissionalmente trabalha como professor de teatro, ator e pesquisador de linguagens relacionadas à corporeidade da cena. Participou de alguns coletivos da cidade de Itajaí. Hoje, como artista independente, segue sua pesquisa em novas poéticas teatrais que busquem dar respostas temporárias para suas inquietações artísticas. Participou de importantes festivais de teatro. 

Mauro Filho (Curadoria Nacional e Comissão Organizadora do Festival)
Ator, bailarino e diretor. Integra a Karma Coletivo de Artes Cênicas, onde atua em diversas funções. Seu trabalho estabelece relações nas intersecções das linguagens da dança e do teatro, dramaturgia expandida, fisicalidade e presença. Junto da Karma Coletivo, produz o Conexões Contemporâneas, evento de formação para artistas da cena. É graduado em Comunicação Social e licenciado em Artes Visuais. 

Mariana Feitosa (Comissão Organizadora do Festival)
Atriz, produtora cultural, arte-educadora e jornalista com especialização em Comunicação Cultural. Cursa pós-graduação em Arte, Cultura e Educação pela Unicesumar. Iniciou sua carreira em 2010 na escola AECA - Alunos do Exercício Cênico Anchieta e integrou o GET – Grupo de Estudos Teatrais, orientado pela Téspis Cia de Teatro. Trabalha como atriz independente e estreou, em 2021, o espetáculo infantil “Cor de quê”. Trabalha atualmente na montagem do espetáculo “O que você faz quando precisa se sentir vivo?”, seu primeiro trabalho com dramaturgia autoral. É produtora cultural e assessora de comunicação de diversos projetos na região, por meio de sua produtora: MASS Produção e Comunicação. Também é colaboradora do espaço cultural Vila Sete Zero Cinco – Casa de Arte

Leandro Cardoso (Comissão Organizadora do Festival)
Integrou o AECA – Alunos do Exercício Cênico Anchieta, grupo mantido pelo Anchieta Arte Cênica. Durante oito anos participou de diversas produções como ator na companhia. Também integrou a Bagagem Cênica Cia. de Teatro. É co-fundador e compõe a Karma Coletivo de Artes Cênicas, também em Itajaí, como ator, produtor e na concepção de figurinos. É licenciado em Artes Visuais, pós-graduado em Arte e Educação, História da Arte e em Dança e Consciência Corporal. Junto com a Karma, em 2016, 2018 e 2019, produziu e coordenou diversos eventos. 

Max Reinert (Comissão Organizadora do Festival)
Tem formação autodidata na área teatral e é integrante da Téspis Cia. de Teatro desde sua fundação em 1993, tendo realizado outros trabalhos profissionais antes desta data. Em seu processo de formação estudou vários aspectos das artes cênicas, com distintos mestres do Brasil e do exterior. Foi integrante do Núcleo de Dramaturgia do SESI – PR. Escreveu Pequeno Inventário de Impropriedades (Melhor Texto Original nos festivais nacionais de teatro de Limeira e Americana - ambas no estado de SP - e publicado em 2010), entre outros. Foi facilitador do projeto Dramaturgias – Leituras em Cena do SESC em Santa Catarina e em Pernambuco. Foi ministrante convidado de processo de criação em dramaturgia “Encontro com o Dramaturgo” produzido pelo professor Stephan Baungartel - UDESC, em parceria com a UFSC. Além das direções para a Téspis Cia. de Teatro, dirige trabalhos para outros coletivos. Em 2021, dirigiu seu primeiro curta Matador de Cachorro, selecionado para 20 festivais no Brasil e exterior. Com ele, recebeu as premiações de melhor diretor no London International Monthly Film Festival (Londres) e melhor curta de diretor estreante nos festivais V.I.Z. Film Fest 2021, na Bulgária, e Krimson Horyzon Internacional Film Festival, na Índia. Foi também indicado a este mesmo prêmio no Cannes World Film Festival, na França. Foi coordenador do Festival Brasileiro de Teatro Toni Cunha (2017) e coordenador técnico / diretor de palco nos anos de 2011, 2015, 2017 e 2019.